segunda-feira, 27 de agosto de 2012

EFPP torna-se referência internacional

O trabalho do Instituto de Ferrovias no resgate e revitalização da Estrada de Ferro Perus-Pirapora faz com ela conquiste novas fronteiras, tornando-se uma referência internacional. Na verdade a EFPP já era bem conhecida no exterior na época em que operava comercialmente, tanto por ser uma das últimas ferrovias de bitola reduzida em operação comercial, como pelo seu extraordinário acervo de locomotivas de diversas origens, épocas e tipos. Depois do encerramento das suas atividades no transporte de calcário para a Companhia Brasileira de Cimento Portland Perus, permaneceu restrita quase que somente aos historiadores ferroviários e aos seus fãs. Porém, uma nova fase de divulgação ocorre desde que o trabalho do IFPPC se ampliou, e especialmente desde que foram reiniciadas as operações, ainda que limitadas e em caráter experimental. Outro fator da maior importância é a atuação do nosso representante na Europa, Thor W. Windbergs, que acabou por formar uma ampla rede de pesquisadores e divulgadores de diversos países. A primeira evidência disto é o grande número de visitantes de outros países que a EFPP tem recebido: somente no ano de 2012 já são mais de 30 estrangeiros que vieram a São Paulo para andar no nosso trem. No dia 4 de março, um grupo de 26 membros do LCGB - Locomotive Club of Great Britain - visitou a EFPP. No dia 7 de março foi a vez de dois visitantes da Alemanha, Matthias Richter e Peter Erk, especialmente interessados na locomotiva diesel DIEMA DS24 "Thor"; no dia 18 de mesmo mês recebemos os nossos velhos amigos britânicos Martin Murray e Chris Halliwell, que haviam-nos visitado em 2011, e mais recentemente, dia 25 de agosto, o seu compatriota James Waite, que voltou à Perus-Pirapora 31 anos depois da ocasião em que fez algumas das melhores fotos jamais vistas da EFPP - aguarde a breve publicação de algumas delas neste blog. Vale lembrar que essas visitas foram coordenadas com as Regionais Campinas, São Paulo e Sul de Minas da ABPF - Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, com a qual o IFPPC cada vez mais estreita as suas relações de cooperação. Um outro fato, realmente inédito no Brasil, corrobora esta divulgação da EFPP além das nossas fronteiras: Peter Manning, um estudioso australiano, auxiliado por uma equipe internacional, está concluindo um livro dedicado somente à história da locomotiva no. 17. Baseando-se em documentos de arquivo, como o projeto original e diversos outros, e em medições que requereram a sua vinda ao Brasil, Manning conta toda a trajetória desta máquina única no mundo, desde a sua fabricação pela Baldwin e fornecimento ao Tramway da Cantareira, onde tinha o prefixo 2, passando pela venda à EFPP; suas várias transformações e até a sua recente remoção para o pátio de Corredor. O livro, que possui um estudo de Nicholas Burman, 150 ilustrações e várias fotografias inéditas descobertas recentemente, será publicado inicialmente na Austrália, dentro de poucos meses.
O trem com o grupo do LCGB chega ao pátio de Corredor,no km 4+800. A composição relembrou as composições tradicionais da EFPP, em que a locomotiva tracionava de 10 a 20 gôndolas de minério, e um carro de passageiros servia de carro-breque na cauda.
Um veterano maquinista inglês foi convidado a pilotar a locomotiva no. 2, dando esta honra ao seu colega brasileiro Leandro Guidini.
O animado grupo britânico posa para a tradicional foto diante da locomotiva...
... e retorna muito satisfeito para a estação inicial da EFPP, prometendo uma nova visita.
Matthias e Peter posam junto à "Thor" com Leandro.
Martin e Chris na estação inicial da EFPP, com associados do IFPPC e outro visitante ilustre na extremidade direita da foto: o sr. Eduardo Cruz, diretor do Instituto Mairiporã Thomaz Cruz, uma das mais importantes instituições brasileiras ligadas à arqueologia industrial.
James Waite toma uma fotografia do trem da EFPP, parado num trecho da linha escolhido por ele.

Um comentário:

  1. Que orgulho poder ter participado desde o início da luta pela reativação da Perus-Pirapora, ainda no final dos anos 80. Foi aí que conheci Nelson, Élcio e o pessoal de Cajamr, Valquíria, Israel ...... Mesmo não residindo mais em Perus, tenho acompanhado e ajudado no possível, mas é uma alegria ver os frutos crescendo daquela sementinha que ajudei a plantar. PIUÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍ !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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